17 de dez. de 2011

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Falando de Amor ♥

A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, 
delicado e penetrante dos sentimentos. 
É o mais independente. Não importa o tempo, a ausência, 
os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades. 
Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, 
o diálogo, a conversa, o afeto no exato ponto em que foi interrompido. 
Afinidade é não haver tempo mediando a vida. 
É uma vitória do adivinhado sobre o real. Do subjetivo para o objetivo. 
Do permanente sobre o passageiro. Do básico sobre o superficial. Ter afinidade é muito raro.
 Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar. Existia antes do conhecimento, 
irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas. 
O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, 
sai simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade. 
Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito 
dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam. É ficar conversando sem trocar palavras. 
É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento. 
Afinidade é sentir com. Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo. 
Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado. 
Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios. 
Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo. É olhar e perceber. 
É mais calar do que falar, ou, quando é falar, jamais explicar: apenas afirmar. 
Afinidade é jamais sentir por. Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo. 
Mas quem sente com, avalia sem se contaminar. Compreende sem ocupar o lugar do outro. 
Aceita para poder questionar. Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar. 
Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças. 
É conversar no silêncio, tanto nas possibilidades exercidas quanto das impossibilidade vividas. 
Afinidade é retomar a relação no ponto em que parou sem lamentar o tempo de separação. 
Porque tempo e separação nunca existiram. Foram apenas oportunidades dadas (tiradas) pela vida, 
para que a maturação comum pudesse se dar. E para que cada pessoa pudesse e possa ser, 
cada vez mais a expressão do outro sob a forma ampliada do EU individual aprimorado.
 

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